quinta-feira, 13 de agosto de 2020


Mel e Bolota 

por Malthus de Queiroz 

com ilustrações de Catarina de Queiroz


Era uma vez...

...Uma gatinha
que se chamava Bolota.
Quem olha para ela
Logo nota
Por que se chama Bolota:

Parece uma bola de pelo
Correndo atrás de outra bola.

 
Ela tem uma irmã
Que se chama Mel.
Ela é vermelha cor de romã
E azul da cor do céu.

E amarelo cor de maçã
E verde como um chapéu.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

Viva sob os três "r"

Antes de começar a ler o post, leia essa observação que coloco aqui: optei por utilizar esse "r" propositalmente. Não é a maneira correta de colocar o erre no plural. Seria "erres" ou pior ainda "rr" mas assim eu perderia a jogada que quero fazer com as palavras iniciadas com essa letra e não teria sentido. Essa explicação aqui matou o meu post, tirou toda a emoção da leitura, mas achei necessária. Não poderia viver comigo mesma sabendo que alguém poderia achar que cometi um erro na escrita (esparro!). Desculpa a interrupção. Boa leitura.


Reduza os problemas da sua vida. Se preocupe com coisas realmente importantes, diminua o sofrimento. Se uma coisa não tem solucão não adianta se desesperar. Tente resolvê-la da melhor maneira possível. Busque a ajuda de quem lhe ama.

Reaproveite o que aprendeu enquanto passou por uma situação e tire dela os ensinamentos para guiar toda a sua vida. Coisas boas ou ruins nos ensinam a enfrentar novos desafios no dia de amanhã. Tente não repetir seus erros já sabendo no que resultarão. Continue com as atitudes que lhe foram úteis trazendo para a sua vida a possibilidade de fazer o que é certo novamente.

Recicle tudo o que você não quer mais para você. Modifique suas ações diárias, mude suas atitudes sempre para melhor. Viva o dia de amanhã com amor e respeito por você mesmo e por aqueles que lhe cercam. Recicle a sua alma.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Boa-noite

Fomos juntos a Paris. Eu já havia estado lá antes com meus pais, quando meu pai ainda era vivo. Mas, eu era só uma menina e me mantinham sob vigília o tempo todo. A família sempre cuidou de mim como se todos fossem meus pais.

Essa viagem foi diferente e mudaria toda a minha vida. Lorenzo me acompanhou. Eu ainda estava sob vigília mas ao menos ele era jovem e tinha bom gosto. Cansei daqueles aculturados com quem não podia nem conversar.

Fomos criados juntos. Meu padrinho adotou-o quando veio aos Estados Unidos, deixando a Itália. Seu pai havia sido primo do meu pai e do padrinho. Ele me acompanhou a todos os museus e espetáculos que tive vontade de conhecer. Conversamos sobre tudo. Jantamos em bons restaurantes, fomos à Torre Eiffel e passeamos pela margem do Rio Sena, como fazem os namorados, mas não éramos namorados. Ele sempre foi elegante. Foi a melhor semana que já vivi. Me senti livre pela primeira vez. Eu não estava sendo vigiada. Estava gostando muito.

Voltaríamos para casa no dia seguinte e ele me acompanhou à minha suíte pela última noite. Fazia questão de me levar até a porta apesar da suíte dele ficar a apenas alguns passos. Todas as vezes ele entrava primeiro, olhava se tudo estava em ordem, verificava as janelas e os armários, olhava todo o banheiro e em baixo da cama.

–– Estamos em Paris! –– Tinha que lembrá-lo. Mas ele apenas sorria e me dava boa-noite. Nessa última noite foi diferente. Depois de revistar meu quarto, voltou-se para mim. Olhou nos meus olhos, coisa que raramente fazia e sorriu.

–– Queria que pudéssemos sair novamente. Mas vamos voltar amanhã e volta tudo a ser como antes.

–– Ora, o que é isso? Não moramos a apenas algumas quadras um do outro? Mamãe vai gostar de lhe ver. Faz tempo que não nos visita. Me telefone e vamos a algum lugar. Sempre passamos os dias juntos quando crianças.

–– Não somos mais crianças –– e segurou a minha mão no seu último boa-noite em Paris.

Não tive reação. Apenas olhei quando ele passou pela porta e foi para o seu quarto. Não consegui dormir. Arrumei minhas coisas e fiquei deitada pensando no que significou aquilo. Nunca havia pensado nele dessa forma.

No dia seguinte voltamos. O carro estava nos esperando. Acho que percebeu o quanto meu rosto ficou vermelho quando tocou minha mão para me ajudar a sair do carro. Ele apenas sorriu enquanto me olhava entrar em casa. Eu estava entregue. Não pude me despedir.

Na tarde seguinte liguei para ele. Estava mal acostumada a jantar nos restaurantes de Paris. Ele me acompanharia a um naquela noite. Eu ainda me arrumava quando ele chegou. Minha mãe o levou à sala em que sempre me esperava. Momentos depois tocou o telefone. Eu atendi a extensão que ficava em meu quarto e escutei. Ele recebia ordens do padrinho.

–– Não acredito que tenha sido ele, padrinho. Ele se preparava para assumir o negócio novo e não botaria tudo a perder.

–– E o rapaz novo? O que sabemos sobre ele?

–– Padrinho, é uma acusação séria. Muito gente gostaria de botar as mãos nisso. Eu vou investigar pessoalmente.

–– Agora o mais importante: que conversa é essa que escuto que vai sair com minha afilhada? A viagem já acabou e suas ordens foram claras. Se virou um animal, vá ao zoológico! Ela não é um pedaço de carne!

–– Padrinho, não é assim. Vamos apenas a um restaurante e nunca lhe faltei com o respeito. Preocupo-me com ela.

–– Padrinho, me escute –– interrompi.

–– Quem fala? É você querida? Será que não há nada que eu não possa fazer ou falar que você não fique sabendo? É igualzinha ao seu pai. Como você está?

–– Desligue a linha, Lorenzo, quero falar a sós com ele. (...) Padrinho, porque acha que deve controlar a minha vida? Já cresci. Posso me cuidar agora.

–– Você vai sempre ser a minha garotinha. Não tire esse gosto de um velho.

–– Ninguém nunca é bom o suficiente para o senhor. Lorenzo é meu melhor amigo. Tirando o senhor e a mamãe, não há ninguém em quem confie mais. Não pode me afastar dele.

–– Não vai sair com ele. Não é direito. Jurei a seu pai que preservaria você e sua mãe. Fique em casa e mande que ele volta à dele.

–– Padrinho, amo o senhor como se fosse meu pai. Jamais o desrespeitaria. É apenas um jantar.

Desliguei o telefone sem a menor culpa. Ele me educou para ser decisiva e eu já me decidi. Amanhã me entenderia com ele. Não havia raiva que ele pudesse ter de mim.

Jantamos e conversamos. Ele sempre muito cortês. Acho que poderia dar certo. Como pude mudar o que sinto por ele assim? Essa ideia nunca havia me passado pela cabeça. Depois do jantar fomos ao cinema. E, lá, ele me beijou. Não foi um beijo demorado. Foi só um toque muito leve. Pediu desculpas. Segurei sua mão e vimos o resto do filme.

Ele me deixou em casa e beijou minha mão. Olhou-me novamente nos olhos e me deu seu último boa-noite. Teríamos nos casado, eu sei. E eu poderia ter sido feliz. Não foi assim que aconteceu.

domingo, 28 de março de 2010

Mudança


Acho que mudar é todo um ritual. É o momento em que finalmente jogamos fora tudo aquilo que acumulava em nossos armários e nunca chegamos realmente a tomar a decisão de nos livrarmos. É a hora em que olhamos o que está quebrado e que nunca foi mandado ao conserto por comodismo e preguiça. Finalmente tomamos aquela decisão: “Nunca vamos mandar ajeitar isso”. E lá se vai pro lixo.

A casa que havia ficado pronta recentemente se desmancha novamente, as caixas que finalmente haviam se esvasiado enchem-se ainda mais. Agora temos mais livros dos quais não podemos nos desfazer.

Olho meu guarda-roupas e tiro cada peça de dentro. Todas contam a sua história e custo a me desfazer daquelas que não uso mais. Pode ser que eu ainda venha a usá-la um dia. Há outras histórias para serem escritas. Não consegui me desfazer de nada. A quantidade vai aumentar e eu preciso de um armário maior. Joguei fora apenas algumas coisas que não sei nem explicar porque guardei por tanto tempo. Não serviam nem mais para doação. Talvez para pano de chão.

Coloquei tudo na mala. Precisei de duas caixas para complementar. Sem falar nos pequenos objetos, meus perfumes, cremes, minha maquiagem, mais caixas. Acho que um terço de toda a mudança é de coisa minha.

A casa se torna o mesmo caos que começou. A não ser por um detalhe: quando entramos lavamos tudo antes de trazer a mudança e agora retiramos a mudança e deixamos a bagunça e a poeira. Não vou lavar a casa de outra pessoa. Ela que venha e faça a sua parte. Já levo o que me pertence.

Acabaram as caixas e novamente vamos lá pedir mais algumas. Ainda há muito o que embalar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

12.000 visitantes


Isso é verdade? Meu blog já recebeu 12.000 visitas? Gostaria de saber o que cada um achou dele. Seria bom ouvir algum elogio mas sei que deve haver muita crítica negativa, como sempre tem sobre tudo, e não sei como me sentiria vendo pessoas falando coisas ruins sobre o que escrevo.

Escrevo por escrever, pra mim e pros meus amigos. Escrevo apenas quando me dá vontade sobre o que sinto ou penso na hora. Tenho meus momentos bons mas sei que escrevo muita besteira. O que importa? O importante é escrever. Escrever é uma terapia para aliviar ou refletir. Muitas vezes leio muito tempo depois o que escrevi e fico rindo de mim mesma! Como fui ridícula, ou ingênua, ou agressiva, ou passional demais.

Escrevo o que quero expressar. E, muitas vezes, só sinto vontade de escrever quando estou muito triste. A felicidade extrema não me inspira. Não sinto necessidade de expressar felicidade em palavras. Talvez porque ela deva apenas ser sentida e não precisa ser aliviada. Deve ser cada vez mais intensa e menos racional. As palavras dão sentido concreto ao amor e ele deve ser leve. Não quero dar sentido e peso ao meu amor.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um site ótimo para crianças


Meu lado mãe encontrou hoje em um site que eu já conhecia uma série de atividades ótimas para crianças de várias idades. É o http://www.nickjr.com/games-activities/

Esse site Nick Jr. tem todos os desenhos do canal Nickelodeon da tv a cabo. Lá passam, inclusive, os desenhos do Bob Esponja. Esse site é muito legal pra quem tem filhos ou sobrinhos ou para quem, como eu, adora desenhos animados. Quem for professor também pode se beneficiar com as atividades. Só tem um detalhe, com o qual não tenho nenhum problema, nesse site: está todo em inglês. Se seus filhos ou você souberem ou estiverem estudando inglês será muito bom. Se não, entra lá sem saber nada mesmo e procura as atividades. Crianças nunca se preocupam com essas bobagens.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Socorro, estou sentindo mais do que posso.
São sensações estranhas e muito incômodas que ardem bem dentro do estômago.
Alguém arranque meu coração que esse já não aguenta mais bater nem apanhar.
Por favor, tirem essa emoção enorme de mim.
Já sinto mais do que devia ou queria. O que é isso?
Sei de coisas que não devia saber pro meu próprio bem. Existe isso?
Um chuveiro bem quente pra ficar debaixo e esquecer. A solidão completa pra ninguém me ver agora. Não ter que falar, nem responder, nem justificar, nem pensar, esquecer, parar.
Devia ter deixado de ser tão curiosa a muito tempo. A curiosidade matou o gato e eu preferia ter ficado ignorante.
Por favor não pergunte. Por favor não comente. Por favor não leia.
Faz como eu: lava o rosto e finge que não aconteceu nada e que você chegou agora. Bate a porta pra eu saber que você chegou e apagar isso antes que você leia. Finge que tava distraído com alguma coisa.
E quando eu te perguntar se você leu responda: "Leu o quê?".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Acrescentando...

Minha grande amiga, Marceli, comentou que não estava na foto do texto "Despedidas Temporárias". Tenho que fazer um novo post com esse tema.

Claro que você faz parte das minhas amizades, Marceli! Não só você como Aninha também. Parece que falta alguma coisa em mim quando penso em tudo o que vivemos. Sempre que me acontece uma coisa boa ou ruim quero falar com alguém mas são cada vez menos as pessoas com quem falar. Não é a mesma coisa mandar um e-mail ou falar por messenger. Parece que quando esperamos para poder contar uma coisa pra alguém os sentimentos se enfraquecem. Às vezes nem conto mais o que queria por falta de vontade mesmo de reviver a emoção daquele momento.

Tenho que admitir que não sou uma pessoa fácil de aguentar. Sou chata, cheia de manias, de costumes, acho que sei de tudo (e às vezes sei mesmo!). Não consigo, nem quero conseguir, fazer amizades fácil. Acho que não é todo mundo que pode ser nosso amigo. Existem milhões de possibilidades de se fazer muitos colegas. Mas amizade é uma coisa muito diferente. Ser amigo de alguém é poder confiar nessa pessoa e fazer com que ela confie em você. Dois amigos devem poder contar um com o outro sempre que precisarem.

Caso você, caro leitor, tiver um conhecido em quem não confia ou que não confia inteiramente em você saiba que você não é amigo dessa pessoa nem ela é sua. Podem ser colegas, conhecidos, apoios, encostos, cúmplices, ou até álibes. Essa pessoa não deve entrar inteiramente na sua vida nem você na dela. Nessa hora vale lembrar que nosso lar é sagrado e que devemos escolher quem deve frequentá-lo e que "o segredo é a alma do negócio".